Do que se vê

Postado em: dezembro 23, 2010 por Marcio Carvalho em

Porque em mim você é perfeita.

Do que causa dor

Postado em: por Marcio Carvalho em

Minha alma dói.

É uma dor fraca às vezes. E às vezes tão forte que ela parece ser a maior do que se pode aguentar.

Minha alma deixa pedaços de si pelo mundo.

Em pessoas, lugares. Em momentos.

E esses pedaços não a diminuem. Eles a tornam maior.

Do que nunca morre

Postado em: por Marcio Carvalho em

O amor nunca morre?

Pode um sentimento humano ser tão forte diante de todas as incongruências da vida, diante de todos os erros, diante de todas os desencontros que dure o tempo de uma vida inteira?

Se se ama alguém e deixa-se de conviver com a pessoa amada, o amor enfraquece até se tornar apenas um conjunto de lembranças boas, uma nostalgia?

Se um dia mudamos, é possível apenas olhar em outra direção e caminhar? Teria a pessoa outrora amada se tornado uma uma desconhecida?

Eu acredito no amor.

Eu acredito que o amor possa durar uma vida. Acredito que quando se ama realmente e verdadeiramente alguém, esse amor sobrevive.

Podemos seguir caminhos diferentes. Podemos deixar o medo ser mais forte que o amor em algum momento. Podemos sucumbir à raiva, ao desejo, à toda sorte de emoções que nos fazem humanos e falhos, mas o coração mora na nossa parte que é mais perto da divindade.

Eu amo. Sei que amo, sei que esse sentimento é maior que todas as coisas pequenas, mesquinhas e perdidas que existem em mim.

E sei que esse amor não vai morrer.

Da cumplicidade

Postado em: dezembro 14, 2010 por Marcio Carvalho em

O corpo dela é quente. Eles se tocam, se buscam.

Há uma urgência nos movimentos dos dois.

A luz é fraca, o ar é denso de significados.

O gosto dela é bom. As bocas se encontram, se misturam.

Ele segura firme o corpo dela perto de si.

Eles se olham. As mãos dele descem as curvas das costas dela.

Ela curva seu corpo perto do rosto dele. Ele sente a textura da pele dela com a língua.

Os corpos falam em gemidos e silêncios, em olhares, bocas, gostos, toques.

Os corpos falam e o mundo se cala.

Do viver

Postado em: por Marcio Carvalho em

Aprendi a me arrepender apenas por erros que cometi.

Aprendi a deixar o coração falar e a razão escutar.

Encontrei as maiores explicações sobre a vida em momentos sem palavras.

Encontrei quando me despedi o que achei que havia perdido em mim.

Apaixonei-me. Por pessoas, por lugares, por detalhes.

Vivi sonhos. Sonhei uma vida.

Aprendi a calar o medo com o estalo de um beijo.

Aprendi a calar o mundo com uma canção.

Construí castelos de areia que vi serem desmanchados com um sorriso.

Porque é tudo efêmero.

Porque o medo é passageiro, porque as pessoas vão embora, porque o que fica é o que experimentamos.

Do vento

Postado em: por Marcio Carvalho em

Gosto sempre de imaginar seus cabelos ao vento.

Porque é a síntese de como imagino você.

O balanço, os infinitos desenhos e padrões formados.

Gosto quando o cabelo encobre parcialmente seus olhos.

Acho que é o momento em que é mais fácil se perder neles.

Ou se encontrar.

Do que aprendi.

Postado em: dezembro 07, 2010 por Marcio Carvalho em

Olhos mais lindos que a mais preciosa pedra buscam por uma explicação onde só há o caos. E nesse caos, ela percebe que a ordem é apenas um ponto de vista.