De fumaças, espelhos e sonhos

Postado em: abril 09, 2010 por Marcio Carvalho em

A fumaça dança, espessa, fantasmagórica... e aos poucos parece ir tomando o mundo à nossa volta. as pessoas, as mesas; o mundo parece encoberto dessa névoa. Tudo fica pálido, sem cor e distante frente àqueles olhos.

Me sinto preso, nasci assim, morrerei assim. Preso à uma promessa velada, mais antiga que eu, maior do que eu. Me sinto preso e nu, criança maravilhada com a descoberta de algum segredo dos adultos.

Me sinto distante de mim. Não sou eu mesmo, agora. Sou seu. Sou o que quiser de mim.

Olhe para mim. Quero que olhe para mim e mais nada. Quero que o resto do mundo acabe agora e que o fim de tudo seja um início para nós.