Estigmata
Postado em: setembro 05, 2010 por Marcio Carvalho emA pele sangra.
Os cortes abertos pulsam em vermelho. Deitado no escuro, ele sente a dor nos braços, revivendo todos os momentos da noite.
Ele pensa em desejos e segredos sórdidos. Lembra dos lábios dela nos locais onde o braço dói, revive em devaneios a sensação de ter as unhas dela cravadas na carne.
A noite passa devagar. Rolando na cama, ele tenta entender a excitação que percorre seu corpo como pequenos choques elétricos que irradiam a partir das feridas abertas.
As cicatrizes virão nos próximos dias.
Mas o que foi aberto naquela noite nunca mais será esquecido.