De paralelepípedos
Postado em: outubro 18, 2010 por Marcio Carvalho emAlguns segredos guardamos para nós mesmos apenas porque é mais divertido assim.
A menina caminha sorrido, pé ante pé. De braços abertos equilibra-se nos paralelepípedos da rua de sua casa, na volta da escola. De vez em quando ela fecha os olhos e imagina-se entre dois mundos diferentes.
Sem pertencer totalmente a nenhum dos dois lados, ela se sente atraída tanto por um quanto pelo outro.
Rua e calçada, diversão e segurança, dúvida e certeza.
Vestida no uniforme escolar, sorrindo de braços abertos e olhos fechados, a menina definia assim como seria uma vida inteira.