Da saudade

Postado em: abril 26, 2011 por Marcio Carvalho em

Queria escrever-lhe todas as canções de amor do mundo.

Se fosse essa a cura para o que me mata aos poucos.

Amor corrói. Amor absoluto corrói absolutamente.

Queria beber ao seu lado. Nem que fosse o nosso último gole.

Baco entenderia ao que bebemos.

Eu brindaria ao que é imortal.

Eu brindaria aos filhos que teríamos um dia.

Eu brindaria ao que não existe no mundo, mas é real.

Mas essa saudade que me mata, sempre, sempre.

Essa voz que me manda não ir embora, mesmo sob os seus pedidos.

Mas eu bebo ao nada, hoje.

Bebo ao silêncio.

Bebo aos sussurros de "por favor, não vá!"

Te amo.

Te amei.

Te amarei.

Não. O tempo não cura.

Porque não é doença.

Porque não é mal.

O tempo guarda. O tempo me faz esperar.

És minha. Minha. Minha,

Como só você sabe ser.