Do som de asas

Postado em: agosto 24, 2010 por Marcio Carvalho em

Desisti de minhas asas.

Cortei-as fora, jogadas no chão, brancas penas sujas de sangue.

Nas costas, a cicatriz me lembra de minha herança divina.

Na minha mão, a lâmina ainda trêmula.

A dor é ainda presente, mas sei que acabará.

Pois meus pés tocam o chão, agora.

E meus pensamentos é que voam.