All you need is me

Postado em: julho 26, 2010 por Marcio Carvalho em

You hiss and groan and you constantly moan
But you don't ever go away
And that's because
All you need is me

You roll your eyes up to the skies
Mock horrified
But you're still here
All you need is me

There's so much destruction
All over the world
And all you can do is
Complain about me

You bang your head against the wall
And say you're sick of it all
Yet you remain
'Cause all you need is me

And then you offer your one and only joke
And you ask me what will I be
When I grow up to be a man
Me? Nothing!

There's a soft voice singing in your head
Who could this be?
I do believe it's me

There's a naked man standing, laughing in your dreams
You know who it is
But you don't like what it means

There's so much destruction
All over the world
And all you can do is
Complain about me

I was a small, fat child in a welfare house
There was only one thing I ever dreamed about
And fate has just
Handed it to me - whoopee

You don't like me, but you love me
Either way you're wrong
You're gonna miss me when I'm gone
 
You're gonna miss me when I'm gone.

Morrissey - All you need is me

Inconstância

Postado em: julho 25, 2010 por Marcio Carvalho em

Há uma parte de mim para cada estrela do céu.

Das coisas que não sei dizer

Postado em: por Marcio Carvalho em

Não sei dizer o quanto sinto a falta.

Não sei dizer o que senti quando você foi embora

E fico aqui, vagando em pensamentos e desejos que já não pertencem a mim.

E são muito maiores e muito mais fortes que eu.

E esse pedaço de mim já não vive mais comigo.

E caminha e vê o mundo com olhos que não são mais meus.

E ainda assim, é a coisa mais preciosa que tenho.

Das saudades

Postado em: por Marcio Carvalho em

Dizem que viemos ao mundo para trilhar um caminho, para viver certas coisas.

Mas de todos os caminhos que trilhei, o que ficou foi a saudade.

E de todas as saudades que sinto, a maior de todas é do pedaço de mim que vive em você.






sob o luar

Postado em: julho 20, 2010 por Marcio Carvalho em

há um jardim.

sob a luz da lua, entre o sonho e a morte.

ali encontra-se minha alma.

Postado em: por Marcio Carvalho em

bolas de sabão, sorriso, magia, sonho.

Das coisas que não se consegue controlar

Postado em: julho 19, 2010 por Marcio Carvalho em marcadores: , , , , , ,

Minha alma se perde em sonhos cada vez que vejo a lua.

Meu coração se perde em pedaços a cada despedida.

Minha cabeça se perde em pensamentos a cada frase que se perde na noite.

Meu corpo se perde em desejos a cada sugestão que sai dos lábios dela.

Meus caminhos se perdem em curvas, em olhares, em sussurros.

Meu destino se perde no tinto vinho.

Minha voz se perde em pedidos, em gemidos.

Minha vida, minha vida se perde em todas as coisas que não consigo controlar

Do que nunca conseguimos deixar

Postado em: julho 18, 2010 por Marcio Carvalho em

Segredos sórdidos se escondem por trás dos mais inocentes sorrisos.

Mas ainda assim, sob o protesto da parte de mim que ainda mantém sua sanidade e o mínimo de bom senso, eu me deixo fascinar.

Nice guy

Postado em: julho 14, 2010 por Marcio Carvalho em

Eu juro que tenho sido um cara muito, muito, muito legal, ultimamente.

Mas nem é tão divertido, assim...

Postado em: por Marcio Carvalho em

Não importa a quantidade de camas que tenha frequentado, a quantidade de pessoas que tenha colecionado.


No final do dia, eu acho muito mais importante ter por perto alguém que me fascine por causa dos detalhes, do sorriso, do olhar perdido, dos barulhinhos que faz, do carinho bobo.

Eu gosto de estar fascinado. É bom.

Da espera

Postado em: por Marcio Carvalho em marcadores: , , ,

Sua cama ficava voltada para a janela do quarto que dividia com o irmão. Ele gostava de ficar deitado ali, olhando o céu. Sempre gostara do céu.

Mas o maior espetáculo que essa visão proporcionava acontecia nos finais de tarde dos verões quentes  do Rio de Janeiro. Algumas vezes, o brilho do sol do final da tarde ficava subitamente mais forte. Tudo no mundo ficava brilhante. E a brisa fraca parava de circular.

O ar ficava opressivo, sobrecarregando os sentidos. E sabendo o que aconteceria em seguida, ele corria para a janela do quarto. No horizonte, imensas nuvens apareciam por trás dos morros. Gigantes que aos poucos iam tomando toda a visão do céu. Nuvens escuras, azul-acinzentadas moviam-se serpenteando suas formas mutantes.

O ar parado ficava carregado de uma eletricidade hipnotizante. O brilho ia cedendo espaço para a sombra que parecia tomar conta do mundo. As nuvens dançavam, mesclando-se umas às outras, revolucionando, brigando entre si.

O menino segurava a respiração, maravilhado com cada detalhe. Medo e admiração misturados.

De repente, um risco cortava o céu ao longe e o silêncio do mundo acaba.

E ele sempre pensava em Deus, quando olhava a tempestade.





O que vive em mim não sei expressar

Postado em: julho 11, 2010 por Marcio Carvalho em

Louco, apaixonado, criança, perdido.

Sou som, sou a noite, a lua e as estrelas.

Sou vida, sou coisas perdidas.

Sou nada, sou cada segredo.

Sou mistério, sou problema,

Sou o que é perdido.

Sou o que nunca vi.

Sou.

Jardim de delícias

Postado em: por Marcio Carvalho em

O dedo desliza na pele devagar.
O corpo responde, um arrepio, uma respiração entrecortada.
Uma espiral imaginária é desenhada na pele.
Aos poucos ele explora o corpo dela. Sem pressa, sem objetivos além de conhecê-la.
Ela fecha os olhos, viajando em seus sentidos, entregando-se aos poucos.
Eles nada falam. São todos olhares e sabores, odores e sons.

Não são amantes, não são homem e mulher.

São o amor e o desejo, são carne e alma, são vida e morte.

E o quarto é seu jardim.

In vino veritas

Postado em: por Marcio Carvalho em

No cálice minha vida se reflete em tons tintos.

A beleza reside nos detalhes

Postado em: por Marcio Carvalho em

As palavras não ditas guardam mais significados que todos os poemas já escritos.

Um olhar desviado, um sorriso tímido, uma gentileza gratuita.

Se as pessoas fossem apenas capazes de ver...


dilema

Postado em: julho 06, 2010 por Marcio Carvalho em

eu acho que estou no maior dilema da minha vida, nesse exato minuto.


ah, maldita timidez...

:)

de sombras

Postado em: por Marcio Carvalho em marcadores: , , , ,

por detrás da imensa janela, ele observa as sombras dos arranha-céus tomando a cidade. o sol é um círculo vermelho de brilho tímido. a noite se aproxima.

ele aprendeu a amar essa hora. o momento em que o sol morre no horizonte, o momento em que a lua triunfa na luta diária pelo controle dos homens.

os olhos se estreitam, observando os últimos raios de luz banharem o mundo.

a fome se anuncia, a sensação que começa na base do abdômen e sobe, crescendo, rugindo dentro do peito. quando a lua começa sua jornada nós céus, ele também descide caminhar.

as ruas estão cheias e sujas, como sempre. milhares de odores misturados. uma sensação pungente e ao mesmo tempo viciante.

ainda assim, ele se delicia com esse momento. as pessoas passam a sua volta, alguns esbarram em seu ombro, apressados em suas vidas pequenas, sem ter idéia do que ele é.

ele caminha por horas, saboreando a noite e as sombras.

ela passa por ele. um segundo ou menos, mas o aroma dela aguça seus sentidos.

o mundo além dela perde o foco e a caçada começa.

ele a segue. a cabeça baixa, mas os olhos fixos no balançar do cabelo escuro e longo. o cheiro dela toma aos poucos toda sua atenção. um som cadenciado e abafado começa a se sobressair entre a cacofonia das ruas. um som como o de um coração.

ela nada percebe. ao virar uma esquina escura, ela vê um homem parado, encostado na parede. ela sente um arrepio na nuca, uma sensação de alerta, mas não sabe porque. ela continua olhando para o homem, quando ela percebe que ele a está olhando de volta.

o coração dela dispara. ele consegue ouvir a batida acima de qualquer outro som do mundo, o sangue sendo bombeado por artérias, percorrendo caminhos por sob a pele dela. a antecipação toma todo o pensamento dele. a fome clama seu preço.

ela pensa nos olhos dele. frios, fixos, sem brilho, como os de um morto. ainda assim... ainda assim ela não consegue parar de olhar. o homem está sorrindo para ela? ela não sabe dizer. uma palavra se forma em seu lábio, mas ela não consegue produzir nenhum som. os olhos dele...

ele olha para os lábios vermelhos. a batida do coração dela agora é ensurdecedora. uma percussão ancestral que seduz, que chama.

ela para em frente a ele, sem saber porque.

ele a pega pelo braço. a vibração do pulso dela é sentida por todo o corpo dele. ele sorri.

ela sente medo, mas não consegue fazer nada. ela se sente frente a algo muito mais velho e maior que ela. ela sente medo, mas quer se entregar. ela não pode fazer nada.

ela o deseja. ela é dele. sempre foi, sempre. nada mais importa do que se entregar àquele homem.

ele abre a boca. dentes afiados tocam o pescoço macio. a pressão abrindo pele e músculo. o jorro quente e cheio do gosto dela enche-lhe a boca. ele a abraça, puxando-a toda para perto dele.

ela sente os dentes dele no seu pescoço. ela sente o abraço dele e se sente mais próxima do que jamais se sentiu com nenhum homem em toda a sua vida. ele precisa dela e ela se entrega totalmente. ela sente um líquido quente escorrer sobre sua pele, descendo pelo peito. ela sente os lábios dele, sua língua raspando no pescoço e o abraça, como uma mãe alimentando um filho faminto. ela sente a dor, mas não pode deixá-lo. nunca.

ele a quer mais que qualquer ser do mundo. a vida dela preenche o seu corpo, enchendo-o com suas lembranças. ela é tudo para ele, naquele momento.

algumas pessoas que caminham na rua, ao lado do beco percebem os dois amantes se entregando um ao outro, nas sombras.

pequenos mundos

Postado em: por Marcio Carvalho em marcadores: , ,

ela caminha no canteiro, alheia ao movimento à sua volta.

a noite é iluminada pelos milhares de faróis dos carros que passam.

ela assopra o pequeno aro que segura na mão e as bolhas de sabão flutuam, levadas pelo vento.

um pouco da menina vai em cada bolha, voando, voando, buscando o céu.

masquerade

Postado em: julho 04, 2010 por Marcio Carvalho em

"prefiro alguém que me olhe com raiva, lágrimas nos olhos e mágoa do que alguém que só sorria.

prefiro a verdade de sentimentos conflitantes, de camas vazias, de despedidas finais do que um olhar falso de aprovação."


máscaras...

ela as toca, uma a uma, com uma delicadeza quase maternal. penduradas na grande sala, milhares de cópias de um mesmo rosto, diferentes apenas na emoção que cada uma demonstra em suas linhas.

uma em especial é guardada no centro da sala. a mulher a olha por longos momentos, lembrando-se de um final de tarde, quando ela ainda era criança. sentada no canto do quarto, os braços abraçando os próprios joelhor, ela olhava para o chão, enquanto uma tempestade arrasava cada sonho, cada esperança. a dor física começava a passar, mas por dentro ela ainda gritava.

no meio da escuridão, uma pequena fagulha pareceu brilhar, capturando os olhos vermelhos da menina. a máscara de um rosto quase idêntico ao seu estava ali, jogada aos seus pés. mas aquele rosto no chão parecia completamente feliz.

a menina olhou aquilo com uma curiosidade enorme. a pequena mão lentamente tocou o rosto sem marcas, sem dores, sem mágoas. vacilante, ela pegou a máscara nas mãos e a levou ao rosto.

e então, sob as aberturas para os olhos da máscaras, o mundo pareceu mudar. as pessoas não podiam mais enxergar a vergonha que ela carregava de si. toda a dor, todos os xingamentos, toda a vergonha sumiu. por trás das aberturas, ela era feliz. era assim que o mundo a via.

e por toda a vida, ela criou  máscaras, cópias de seu rosto, mais adequadas para os momentos em que era doloroso ou revelador demais mostrar a realidade.

segredos

Postado em: por Marcio Carvalho em marcadores: , , , ,

ela tem um sorriso doce.

e um olhar que rasga o peito, atravessa o coração e atinge a alma.

perigoso abrigo para os desejos...